LIBERDADE DE EXPRESSÃO



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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO: Leonardo Boff

   Com a intenção em oferecer um pouco de informação às pessoas que queiram saber um pouco sobre várias vertentes teoógicas,  resolvi começar pela Teologia da Libertação, fazendo uma síntese de seus principais pressupostos, bem como falando de um de seu maior expoente: o teólogo Leonardo Boff, além de acrescentar minha opinião a respeito destes ensinamentos.


     BIOGRAFIA DE LEONARDO BOFF


Nascido em 14 de dezembro de 1938, em Concórdia, município de Santa Catarina, descendente de italianos da região do Veneto, estudou na própria Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP, onde fez seu estudos primários e secundários. Formouse em Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ, doutorando-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Em 1959, ingressou na Ordem Franciscana dos Frades Menores.

   SUA HISTÓRIA

Atuou como professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudos e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA. Basel (Suíça) e Heilderberg (Alemanha). No Brasil, por 22 anos na cadeira de Teologia Sistemática e Ecumênica, em Petrópolis-RJ, no Instituto Teológico Franciscano

  HISTÓRIA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Boff, tem o seu maior reconhecimento quanto à sua ligação com a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, que devido ao movimento político da época onde se espera mais apoio do ser humano.

A Teologia da libertação, procura não se apegar ao “achismo” e misticismo e mitologia religiosa, mas através de uma cosmovisão no sentido natural das coisas, o que sentimos, vivemos nossas angústias, nossos desejos e nossas ansiedades.

Este pensamento teológico, consiste na razão, aplicando os conceitos da fé cristã, com fins de libertação de uma sociedade que vivia reprimida, principalmente na área econômica. Utilizando bastante o pensamento maxista, a Teologia da Libertação encontrou bastante aceitação, nos países da América Latina e no Caribe, principalmente pelos seguintes fatores.

1 - Situação política, econômica e social do continente: A Teologia da Libertação foi gestada durante os regimes militares que governavam países do continente.

2 - O desenvolvimento do marxismo como instrumento de análise social: as ciências sociais, entre elas a análise marxista eram utilizados para compreender a origem das contradições da sociedade, embora, segundo Gonçalves, o marxismo não fosse utilizado como ferramenta para construção do projeto social alternativo.

Transformações existem quando se vive dentro das leis do homem, que são aplicadas para manter a segurança, a disciplina de um povo, de uma nação, com seus objetivos e ansiedades de ordem social. A história do homem é ligada diretamente às questões de causas e efeitos, intrínsecas em si mesmas de acordo com seu conteúdo natural. A razão inerente à religiosidade não pode ficar presa a um passado distante, sem provas, sem mudanças concomitantes com existência, contudo, sem mexer no seu direcionamento que é o fator principal da realidade cristã: Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo de Deus.

Os teólogos da libertação se declararam favoráveis à luta armada para alcançar seus objetivos. A palavra, dentro desse movimento teológico significa:

Libertação política das pessoas e setores socialmente oprimidas. Libertação social para melhores condições de vida, uma mudança radical nas estrutura, resultante da criação contínua de uma nova maneira de ser e de uma revolução permanente.

Estar sobre o domínio de alguma ação de fora, quer pela tecnologia, pelo poder militar ou econômico, quer pelo modo de pensar que é o caso da religião.

São os ideais do marxismo, doutrina dos teóricos do socialismo, os filósofos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), fundada no materialismo dialético, e que se desenvolveu através das teorias da luta de classe e da elaboração do relacionamento entre o capital e o trabalho, do que resultou a criação da teoria e da tática da revolução proletária. São contra a dominação estrangeira. As palavras chaves para entender essa teologia social são “revolução”, “libertação”, “exploração”, “dominação estrangeira”, “capitalismo” e “proletariado”. Qualquer semelhança com os jargões do comunismo não é mera coincidência. Ele foi a maior fonte de inspiração e o impulso motor dessa nova tendência teológica. Sob a palavra “libertação”, não está subentendida a obra de Cristo por nós, e sim os ideais do marxismo. A palavra, dentro desse movimento teológico significa:

Libertação política das pessoas e setores socialmente oprimidas.

Libertação social para melhores condições de vida, uma mudança radical nas estrutura, resultante da criação contínua de uma nova maneira de ser e de uma revolução permanente.

Libertação pedagógica para uma consciência crítica através do que o pedagogo brasileiro Paulo Freire chamou de “conscientização”, sendo o cerne dessa conscientização o despertar da consciência das massas miseráveis que vivem a cultura do silêncio, para se interarem da dominação social, política e econômica que lhes é imposta.

Portanto, a Teologia da Libertação, não só apóia, mas incentiva a Rebelião armada, a revolta, conflagração, como artifícios para uma “Transformação Radical da sociedade, como luta contra a “EXPLORAÇÃO”, como uma ruína social, do mais forte dominar o mais fraco impondo sacrifício sem uma remuneração digna. É a transformação radical dos conceitos, científicos dominantes ou artísticos em uma determinada época: Revolução literária; revolução tecnológica e industrial.

   CONCLUSÃO

A Teologia da Libertação, encabeçada por Leonardo Boff, como vários outros pensamentos, teve oposições e críticas, sendo condenada pela Igreja Católica por duas vezes: a primeira em 1984, quando o então cardeal Ratzinger, enquanto Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assinou a instrução Libertatis nuntius; e a segunda em discurso de 2009. Cabe ressaltar que alguns aspectos da teologia da libertação têm sido fortemente criticados pela Santa Sé e por várias igrejas protestantes (embora a Igreja Luterana a tenha adotado), como por exemplo o fato dos adeptos da Teologia da Libertação assumirem o papel político da igreja e pela utilização do Marxismo como base ideológica do movimento.

Portanto, esta teologia estava ( ou está) preocupada apenas com os aspectos naturais do ser humano, não acabando com a maior miséria de todas: a Espiritual que é intrínseca ao ser humano e a principal a ser cuidada, tanto que com a democratização na América Latina e com o desenvolvimento das cidades, em pouco tempo sua força e influência se perderam.

    Em refutação à esta teologia, ressalto que JESUS CRISTO, não veio trazer uma libertação política, como os judeus pensavam e pensam até hoje, e sim libertar o  homem  da prisão chamada PECADO, pois se a pessoa não for libertada ESPIRITUALMENTE, não adianta nenhuma política social por mais justa que seja, pois as suas mazelas parte de dentro do seu coração devido ao PECADO, e somente quando VERDADEIRAMENTE LIBERTO PELA PALAVRA DE DEUS, é que uma pessoa será verdadeiramente LIVRE para as demais áreas da vida.

Até a próxima postagem.

Shalom Adonai

Leumane Rabelo