LIBERDADE DE EXPRESSÃO



LIBERDADE DE EXPRESSÃO

É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença".

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

REALIDADE NATALINA: Discípulo ou Multidão

        Chegamos em mais um fim de ano, mais um Natal...
        Shoppings, ruas, lojas, casas enfeitadas, muitas com a mesa farta de comida, outras com um simples jantarzinho e muitas e muitas outras quase que sem nada para comer.
        Natal é uma data onde dificilmente alguém fica totalmente sem ter o que comer alguma coisa, porque o "espírito de caridade " move corações de uma multidão para repartir com dos mais necessitados. Familiares choram suas mágoas, perdoam, pede perdão (quando isso acontece), alguns não bebem álcool até a meia-noite em "respeito" ao natal.
        Troca de presentes são a marca de um capitalismo selvagem, o "espírito natalino" moderno resume-se em presentear o ser humano, em pedir para o papai noel e não para o Papai do Céu.
        Em um país que se diz cristão, infelizmente a marca do Natal é mais Pagã do que Cristã, e isso se agrava após às 24h.
        O que diferencia os cristãos genuínos, os que são discípulos de Cristo, entre os demais das multidões em nossa sociedade é um retrado do que é relatado nos Evangelhos, muitos O buscam pelo o que Ele pode proporcionar materialmente, físicamente, mas não O buscam pelo o que Ele é e o que pode proporcionar espiritualmente.

MULTIDÕES - a centralidade do natal é o Papai Noel, prova disso é o capitalismo selvagem presente nas festas, onde todos ganham presentes e o aniversariante Jesus Cristo, apenas uma "pequena oração/reza" em família e isso antes de encherem a cara de cachaça e logo após já planejarem as farras de Ano Novo e Carnaval, dentre outras o coisas a mais.

DISCÍPULOS - o significado do Natal perdura sempre durante todo o ano em uma vida em busca por santidade, em fazer a vontade de Deus, uma vida marcada pelo arrependimento genuíno onde as "caridades" não são apenas em datas onde o emocional está sensível e propício para tal ação, nem como para merecer algo espiritual ou a própria salvação. Os verdadeiros discípulos de Cristo, creem realmente que Ele é o DEUS encarnado (Jo 1:1 e 1:14) e não apenas um "Mestre a ser seguido e imitado".


        Que neste Natal de 2013, possa ser oportuno paras as Multidões refletirem e buscarem a Deus verdadeiro, e verdadeiramente o busquem com o objetivo de se tornarem Discípulos, e que os Discípulos levem a sério o discipulado, uma vida de Cruz,  com temor e fervor de espírito.FELIZ NATAL


Shalom Adonai.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A EXPRESSÃO MAIS OUSADA DE UM CRISTÃO


 Texto Base: 1 Co 11:1 “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo”

INTRODUÇÃO

            Toda geração é marcada por ter seus ícones, seus “ídolos”, com sua forma de vestir, falar e agir.
Como que podemos ver na:

·                    Geração: “sexo, drogas e rock in roll” com suas bandas famosas;
·                    A geração paz e amor (Bob Marley, Raul Seixas, Caetano Veloso) – a galera que começou a popularizar a curtição da onda do baseado de maconha.  
·                    Da brilhantina, calça de boca de sino;
·                    A geração Coca-cola na década de 80, encabeçada pela banda brasiliense, Legião Urbana, com uma característica de questionar o sistema com músicas inteligentes e irreverentes;
·                    Geração das diretas já, dos Cara Pintada, até chegarmos à geração pós-moderna com seus fank’s e forrós apeladores para a sensualidade e sexualidade, além da apologia ao homossexualismo, drogas, etc.

Segundo, a pedagoga, Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola:

Por volta dos três, quatro anos de idade é comum que as crianças imitem irmãos, primos ou amigos durante as brincadeiras, o que é normal.
Isso acontece porque a criança começa a identificar, a perceber que as pessoas são diferentes.
Para formar a sua identidade passa então a experimentar novas emoções, sensações, buscando reconhecer aquilo que gosta e o que não gosta.
Durante toda a vida nos baseamos em outras pessoas, fatos ou coisas, seguindo exemplos, buscando referências que vão ao encontro de nossos objetivos. Com crianças e jovens isso também acontece, porém, de forma mais evidente.


            Em meio a tantos distúrbios comportamentais da comunidade cristã de Corinto, como podemos verificar ao longo do capítulo 10 - tais como IMORALIDADE SEXUAL, IDOLATRIA, POSTURA INCORRETA QUANTO ÀS FESTAS PAGÃS IDÓLATRAS E COMO O MAU USO DA LIBERDADE CRISTÃ, pois os corintos continuavam a imitar os povos pagãos - o Apóstolo Paulo, faz uso da

A EXPRESSÃO MAIS OUSADA DE UM CRISTÃO

“SEJAM MEUS IMITADORES COMO SOU DE CRISTO”

            Aprendemos com o APÓSTOLO PAULO, algumas lições:

   
1º)  NÃO É ERRADO SER REFERENCIAL PARA PESSOAS

            Pessoas imitam seus referenciais.
            Referenciais ajudam no caminho rumo a qualquer propósito nas diversas áreas da vida secular: Bons profissionais, bons professores,  bons pais, etc.
            Todos nós podemos ser referenciais em determinada área para alguém, isso é fato.

            O próprio Jesus disse para seus discípulos em Mateus 5:14:

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;”

Ser Luz, é ser Referencial.


2º)  TENHA REFERÊNCIAIS COM NOTÓRIA TRANSFORMAÇÃO DE VIDA

O que conhecemos da vida de Paulo é mais que suficiente para admirarmos  esse servo do Senhor. Ele nasceu em Tarso, uma das maiores cidades da  época, enquanto Saulo, era rico, culto e arrojado na perseguição aos cristãos, até ter sido alcançado pela Graça do Senhor Jesus Cristo, e tornou-se: Paulo - o Apóstolo dos Gentios, portanto, de assassino e perseguidor da igreja, passou a ser, perseguido,  sofredor pela igreja e grande pregador do Evangelho – TRANSFORMAÇÃO DE VIDA.

            Infelizmente, no meio cristão, os escândalos e o mau testemunho têm aumentado nos últimos anos, de forma muito triste, com isso a quantidade de bons referenciais na atualidade, tem diminuído quase que proporcionalmente, e como conseqüência, uma idéia equivocada tem  adentrado a igreja cristã:  “Não devemos olhar para o homem, e somente pra Deus”.

            Esta idéia está equivocada, porque nos deixa acomodado quanto à observância de que o Evangelho de Cristo é manifestado na vida do homem por Ele alcançado.
            Este conceito está equivocado porque se não acreditamos que o Evangelho transforma verdadeiramente o caráter dos Escolhidos, nossa fé não é verdadeira;


3º)  UMA PESSOA SERÁ REFERENCIAL ENQUANTO CRISTO FOR A SUA REFERÊNCIA

            O próprio Apóstolo Paulo afirma isso, colocando que ele era imitador de Cristo, por isso, que as pessoas podiam imitá-lo.

            Um cristão “luz do mundo” só será luz se a única luz que o iluminar for a Luz do mundo  - JESUS CRISTO

João 8:12 “Então Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.”

CONCLUSÃO

            Concluímos que somos o que somos devido aos vários referencias que temos e seguimos  ao longo de nossa vida. Quanto mais nossos referenciais forem parecidos com Cristo, mais pareceremos também com Cristo, e assim, seremos referenciais para outras pessoas e marcaremos uma geração.
            Para isso devemos despojar de nossos interesses egocêntricos e  procurar agir como o próprio Apóstolo Paulo procurava agir:

1 Co 10:32,33 “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.”

            Ser imitador de Cristo, é simplesmente ter um coração humildemente servo, sem soberba e dando a primazia a nossos irmãos, é procurarmos sermos abençoadores e não querermos toda hora e somente sermos abençoados.


“SEJAM MEUS IMITADORES COMO SOU DE CRISTO”

É A EXPRESSÃO MAIS OUSADA DE UM CRISTÃO
 E REQUER AUTORIDADE E VIDA DE CRUZ 

Shalom Adonai

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SALVAÇÃO - A MENSAGEM PARA A NOSSA GERAÇÃO

Texto Base: Lucas 3:6-14

5 Todo vale se encherá, e se abaixará todo monte e outeiro; o que é tortuoso se endireitará, e os caminhos escabrosos se aplanarão;
6 e toda a carne verá a salvação de Deus.
INTRODUÇÃO

              Ao acompanharmos a História de Israel, o povo de Deus, ao longo do Antigo Testamento, verificamos que é formada por muitos altos e baixos e, todas as vezes que o povo se desviava do caminho do SENHOR, Deus mandava um profeta para alertá-los sobre o pecado e uma possível punição caso não houvesse arrependimento. Geralmente, esses pecados eram de Idolatria e Impureza sexual.
              Nos tempos de João Batista não se ouvia a Voz Profética de Deus aproximadamente por 400 anos, foi então que Deus usa este profeta para falar novamente com o Seu povo.                  
              Neste Período de 400 anos, Israel esteve subjugada por, três nações pagãs: Egito, Síria e finalmente por Roma.
              Nos dias de João Batista, Israel sofria forte opressão Política, Militar e Econômica: Não tinha controle sobre seu próprio território, sofria abusos violentos por parte dos soldados romanos e era obrigada a pagar Impostos altíssimos.
Somente na Religião é que Roma não fazia questão de controlar porque temia uma revolução religiosa por parte de fanatismo religioso.
A religião de Israel estava comprometida com a influência Romana, pois o Sumo Sacerdote estava aliançado com o governo Pagão: era uma liderança Avarenta, Mentirosa e Manipuladora, com isso, cada vez mais os princípios israelitas ficavam mais superficiais, cada vez mais era apenas na aparência e não o coração que expressava o amor por Deus.
              No meio desta turbulência nacional é que Deus levanta o Profeta João Batista - que significa: “a graça de Jeová.”
Sua função era o cumprimento das profecias de Isaías 40:3, Ml 3:1:

- Preparar o caminho para o Cristo – Messias;
- Anunciar e atestar quem era o Messias – o SALVADOR.

              Devido toda esta opressão política e econômica o POVO esperava um SALVADOR político que viria trazer ESPADA E JUÍZO sobre os inimigos de ISRAEL, ou seja uma SALVAÇÃO FÍSICA E TEMPORAL APENAS. Devido a este pensamento é que ISRAEL, até os dias ATUAIS, não consegue entender a REVELAÇÃO BÍBLICA que APONTA PARA JESUS COMO O MESSIAS – O CRISTO.

Este cenário é muito parecido com o que temos na atualidade, e vimos isso se agravar a cada dia.
         
Assim como o Profeta João Batista antecedeu a primeira vinda de Jesus, uma GERAÇÃO PROFÉTICA COM O MESMO ESPÍRITO DE JOÃO BATISTA E DO PROFETA ELIAS, SE LEVANTARÁ PARA ANUNCIAR A SEGUNDA VINDA DE CRISTO. 

O MUNDO VERÁ A SALVAÇÃO ATRAVÉS DE DOIS ASPECTOS:

I – ATRAVÉS DA POSTURA DA GERAÇÃO PROFÉTICA DE JOÃO BATISTA (VV. 2b, 3)

1 - É a geração que OUVE A VOZ DE DEUS;
2 - É uma geração totalmente FOCADA no compromisso, na ousadia, na disposição e na intensidade em pregar a verdadeira mensagem Bíblica, sem distorções e barganhas.
3 -  É a geração que antecederá a segunda vinda de Cristo, assim como João antecedeu a primeira.

Lucas 3:16 – anuncia a vinda de Jesus
 Mt 24:14
“E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”

4 - João Batista vinha de família sacerdotal, e era cheio do Espírito Santo Lc 1:15, e não foi iníquo igual aos filhos de Eli (Hofni e Finéias) que profanavam  o Templo de Deus (I Sm 2:12).
5 -  É uma geração que tem o mesmo poder e espírito de Elias (Luc 1:17) – Isto significa que não aceita os ensinos e influências de Jezabel, como nos tempos do Rei Acabe, duramente combatido pelo profeta de Deus – Elias. (I Rs 21) – A Geração que Faz o Fogo de Deus Descer.
6 - Geração desprendida de bens materiais (isto significa que seu coração não está no Dinheiro, e sim em Deus) – João vivia uma vida simples desprovida de ostentação de riqueza e luxúria.
7 - É uma geração que não negocia valores Espirituais, compactuando com o pecado a sua volta.

II – ATRAVÉS DA MENSAGEM DA GERAÇÃO DE JOÃO BATISTA –
                                        (VV. 3b, 4 e 5, 7,8, 11,13 e 14 )
 
1)                      A mensagem de João é uma prévia da mensagem de Cristo e dos Apóstolos:

O EVANGELHO DE JESUS COMEÇA PELA PALAVRA: ARREPENDIMENTO.

Mt 4:17 “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.”
At :38 “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”.

2)                      ARREPENDIMENTO – grego Metanóia (metanoeo) – Mudança de Mente.

- É quando você tem uma tristeza profunda no coração por ter violado algum princípio de Deus, e este sentimento faz com que tome uma decisão, uma atitude de: voltar-se para longe do pecado e ir em direção à Cristo.

Arrependimento é diferente de remorso - o primeiro é marcado por transformação de vida, o segundo é apenas uma tristeza momentânea sem transformação ou luta contra o pecado. 

- O Verdadeiro ARREPENDIMENTO SÓ PODE OCORRER POR INFLUÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO (Jo 16:8)

Lucas 5:32 “eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento.”

Lucas 15:7 “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.”

Exemplo: Lucas 15:17-20 – Arrependimento do Filho Pródigo.

Arrependimento verdadeiro gera mudança nas atitudes do dia-a-dia;

A MUDANÇA DE VIDA ATRAVÉS DO ARREPENDIMENTO É A MAIOR CARACTERÍSTICA
DE UMA PESSOA REALMENTE SALVA POR JESUS.


3)        PORQUE PRECISAMOS DE ARREPENDIMENTO? V. 07

John Wesley diz:
 “o arrependimento que é a convicção de nossa mais extrema pecaminosidade, culpabilidade, e impotência; e que precede nosso recebimento do reino de Deus que, nosso Senhor, observa, está 'dentro de nós'; e uma fé, por meio da qual recebemos aquele reino; até mesmo, retidão, paz e alegria no Espírito Santo. “

PORQUE TODOS NÓS SOMOS PECADORES,
ISTO NÃO PODE GERAR ORGULHO, E SIM TRISTEZA

Rm 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

Jó 42:5,6 -  Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos.
                 Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.

João chama de VÍBORAS uma Multidão de pessoas que incluía Religiosos “Crentes” ou Excluídos da Sociedade (Pagãos ou demais religiões), isso percebemos ao ler o mesmo relato em Mateus e Marcos.

a)                      TODOS NÓS SOMOS PECADORES, e não importa se estamos exercendo ou não a nossa “Religião”, fato é que o ARREPENDIMENTO diante de Deus é uma atitude de humildade reconhecendo nossas falhas.
b)                      O PECADO NIVELA TODOS OS HOMENS – por isso é que não podemos nos achar melhores do que outros que ainda não conhecem a Jesus e estão atolados no pecado.
c)                      Justamente por termos consciência de que também somos pecadores e lutaremos sempre contra o pecado, é que temos que olhar com compaixão para com aqueles que estão nas trevas.
d)                     Quantas vezes somos maliciosos em nossos pensamentos e venenosos em nossas palavras?
e)                      Quantas vezes maltratamos o próximo, principalmente de nossa família?
f)                       Será que em alguma situação compactuamos com mentiras, por menor que seja?
g)                      A falta de compreensão e a omissão também é um pecado, porque reflete nosso caráter egocêntrico.

2 Cr. 7:14 “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

  

CONCLUSÃO
  
           O mundo VERÁ a Salvação através dos SALVOS POR CRISTO.
              Os salvos são todos aqueles que ouviram:

1)      Que ouviram e atenderam ao chamado do Evangelho, as boas novas:
2)      Os salvos são os que Cristo resgatou das trevas e trouxe para o mundo da verdadeira Luz.
3)      A pessoa Salva conseqüentemente demonstra em Amor, nas suas atitudes para com o seu próximo.
4)      O Salvo anda em Fé, ou seja, obediência a Deus;
5)      Salvos  são todos os que NÃO se dobraram para Satanás e para o Pecado,
6)      São os que permanecem na Promessa de Deus;
7)      São os que São Selados Pelo Espírito Santo !!!
8)      São os que foram constrangidos em amor pelo Espirito Santo, e confessam  o Senhorio de Cristo em suas vidas.
9) São os Eleitos desde a fundação do Mundo, segundo o beneplácito da vontade do SENHOR.


A SALVAÇÃO É CONSEQUÊNCIA DO 
SENHORIO DE CRISTO EM NÓS.

Lc 2:8 E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus;
Rm 10:9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;
I João 1: 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
I João 4: 15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.


Que o Espírito Santo de Deus , 
possa aplicar essas verdades bíblicas em seu coração.

Shalom Adonai. 






sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O QUE É UM "REFORMADO"?

O QUE É UM "REFORMADO"?

O crescimento do interesse pela fé reformada em todo o mundo é um fato que tem sido notado aqui e ali pelos estudiosos de religião. Crescem em toda a parte a publicação de literatura reformada, o ingresso de estudantes em seminários e instituições reformadas, a realização de eventos, o surgimento de novas igrejas e instituições de ensino reformadas e o número de pessoas que se dizem reformadas, especialmente oriundas de denominações pentecostais.

Como se trata de um rótulo, é preciso definir “reformado.” Por “reformado” entendo aquele que adere a uma das grandes confissões reformadas produzidas logo após a Reforma protestante no século XVI, aos cinco grandes pontos dessa Reforma, que são Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fides, Solus Christus e Soli Deo Gloria e aos chamados “Cinco Pontos do Calvinismo,” resumidos no acrônimo TULIP (Depravação total, Eleição incondicional, Expiação limitada, Graça irresistível e Perseverança final).

A Reforma produziu movimentos associados aos seus grandes líderes, os quais concordariam substancialmente entre si quanto aos “solas” e o TULIP, mas que divergiram em outros pontos. Refiro-me a luteranos, zuinglianos e calvinistas. Com o passar do tempo, o nome “reformado” foi se associando mais e mais aos calvinistas, de maneira que, de maneira genérica, os termos “reformado” e “calvinista” são usados hoje como similares.

Existe, todavia, um grande número de igrejas que são da "tradição reformada" mas que já não creem de maneira ortodoxa quanto a estas doutrinas. Geralmente essas igrejas não estão experimentando esse crescimento, mas um esvaziamento, como a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos e outras denominações historicamente ligadas à Reforma, mas que já não professam seus postulados. Por outro lado, da África, Coréia, China, Indonésia, por exemplo, chegam relatórios do florescimento calvinista. É claro que o calvinismo acaba recebendo diferentes interpretações e expressões em tantas culturas variadas, mas os pontos centrais estão lá.

Isso não quer dizer que os reformados são muito numerosos, comparados com pentecostais e arminianos, por exemplo. O que eu quero dizer é que os relativamente poucos reformados têm experimentado um crescimento que já chama a atenção de muitas denominações e tem provocado alertas da parte de seus líderes.

A ressurgência calvinista nos Estados Unidos não está ocorrendo somente entre os Batistas, mas entre muitas outras denominações. Um dos motores é o ministério de pastores reformados populares, como John Piper, R. C. Sproul, Mark Driscoll, J. C. Mahaney, Paul Washer , Tim Keller, Kevin DeYoung e John MacArthur, entre outros. Os eventos promovidos por eles recebem milhares de pastores de todas as denominações e seus livros são traduzidos em dezenas de línguas, inclusive em português. No Brasil temos quase todos os títulos destes autores.

Mas, o interesse maior na fé reformada no Brasil parece ser da parte dos pentecostais. Cresce a presença de pastores e líderes pentecostais nos grandes eventos reformados no Brasil. Cresce também o número de pentecostais que estão adquirindo literatura reformada. E cresce o número de igrejas pentecostais independentes que estão nascendo já com uma teologia influenciada pelo calvinismo. Algumas denominações pentecostais também vêm recebendo a influência calvinista a passos largos.

O ministério de editoras que publicam material reformado, como a Editora Cultura Cristã, a Fiel e a Publicações Evangélicas Selecionadas, por exemplo, tem servido para colocar as obras de reformados brasileiros e internacionais nas mãos dos evangélicos brasileiros ávidos por uma teologia consistente, e cansados dos excessos do neopentecostalismo e da aridez do liberalismo teológico.

Não tenho uma explicação definitiva para esse fenômeno do retorno da TULIP. No mínimo, é curioso que uma fé tão perseguida e odiada como o calvinismo, de repente, passe a ter mais aceitação. Poucos, na história da Igreja, foram tão mal entendidos, distorcidos, vilipendiados, odiados e amaldiçoados quanto João Calvino. Chamado de tirano, déspota, incendiário de hereges, frio, duro, determinista, criador do capitalismo selvagem, Calvino tem sofrido mil mortes nas mãos de seus detratores, os quais, na maioria das vezes, nunca leram sequer uma de suas obras, e que formaram sua opinião lendo obras de críticos.

Somente espero que, à medida que o movimento cresce no Brasil, os reformados aprendam a reter o que é essencial e bíblico na Reforma, sem tornar em matéria de fé aquilo que pertenceu a séculos passados em outras culturas, como, infelizmente, já tem acontecido no Brasil com alguns grupos. Que eles lembrem que a fé bíblica, que é a fé da Reforma, também pode se expressar dentro da rica e variada cultura brasileira.


Autor : Rev. Augustos Nicodemos

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Reforma Protestante – Deus providenciou e o homem se esforça para estragar


        Dia 31/10/1517, Martinho Lutero na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, afixou suas 95 teses contra o império religioso papal da igreja católica romana, dentre elas a refutação (respaldada apenas nas Escrituras Sagradas – Sola Scriptura) da infabilidade e supremacia do Bispo de Roma, da venda (comércio) de indulgências e a idolatria desenfreada e explícita através da adoração/veneração de imagens, dentre outras tantas. 
    Este acontecimento histórico que marcou uma época, sacudiu o interesses políticos/religiosos principalmente do mundo ocidental e tem, graças a Deus,   perpetuado de geração em geração, teve como precursores religiosos piedosos como John Wycliffe, no século XVI , Jan Huss, que em 1410, onde foi excomungado e  queimado vivo, morreu cantando cântico de adoração somente  a Jesus Cristo.
      De alguns anos para cá tem se intensificado influências de doutrinas estranhas às Escrituras Sagradas, como exemplo a Teologia da Prosperidade de Hagin e Cia, juntamente com um alto sincretismo religioso tem assolado vertentes “evangélicas”, uma idolatria à líderes religiosos, (infabilidade das diversas “visões” dos “apóstolos contemporâneos” e cantores gospel), ou seja, muitos tem caído na mesma armadilha combatida por Lutero, seus precursores e seus contemporâneos no século XVI, porém com uma roupagem um pouco diferente ou camuflada.
    A necessidade de recuperar os princípios reformados e concomitantemente alinhar à linguagem contemporânea é urgente e possível, mesmo porque, não tem como viver como nos tempos de 1500, mesmo estilo musical, de expressão, etc, simplesmente por fatores sócio-cultural-antropológico etc,  que são inegáveis.
     Outro aspecto lamentável é que em vez de hoje ser um dia para comemorar o retorno da Igreja de Jesus Cristo à Escritura Sagrada, muitos cristãos estão participando de festas pagãs,  como o tal do Halloween – dias das bruxas, mais divulgada nos EUA, um país que já foi cristão realmente em sua confissão.
   Um clamor surge dos que valorizam a Palavra de Deus, dos que estão baseados nos princípios fundamentais resgatados na Reforma Protestante, dos remanescentes: Deus traga-nos um avivamento através de uma nova Reforma Bíblica.
    A Reforma Protestante sim, foi Deus que providenciou, mas infelizmente, o homem tem deturpado ao decorrer dos anos , como sempre.

     Que Deus tenha misericórdia de nós e ouve o clamor dos seus Eleitos.

     Shalom Adonai.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

FORMAÇÃO DA BÍBLIA


 MÓDULO I


“Creio, logo penso.” (Santo Anselmo, Séc. XII)


Introdução

            A Bíblia é um livro singular. Trata-se de um dos livros mais antigos do mundo e, no entanto, ainda é o bestseller mundial por excelência. É produto do mundo oriental antigo; moldou, porém, o mundo ocidental moderno. Tiranos houve que já queimaram a Bíblia, e os crentes a reverenciam. É o livro mais traduzido, mais citado, mais publicado e que mais influência tem exercido em toda a história da humanidade.
Afinal, que é que constitui esse caráter inusitado da Bíblia? Como foi que ela se originou? Quando e como assumiu sua forma atual? Que significa "inspiração" da Bíblia?
Este estudo auxilia grandemente a compreensão dos fatos da Bíblia. Um ponto importante nele é a história da Bíblia mostrando como chegou ela até nós. A necessidade desse estudo é que, sendo a Bíblia um livro di­vino, veio a nós por canais humanos, tornando-se, assim, divino-humana, como também o é a Palavra Viva - Cristo -, que se tornou também divino-humano (Jo 1.1; Ap 19.13).
Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Por essa razão, a Bíblia faz alusão a tudo que é terreno e humano. Ela menciona paí­ses, montanhas, rios, desertos, mares, climas, solos, estra­das, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos, costumes, culturas, etc. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa lin­guagem, bem como do nosso modo de pensar. Se Deus usasse sua linguagem, ninguém o entenderia. Ele, para re­velar-se ao homem, adaptou a Bíblia ao modo humano de perceber as coisas. Então, o autor da Bíblia é Deus, mas os escritores foram homens. Na linguagem figurada dos Salmos e das diversas outras partes da Bíblia, Deus mes­mo é descrito e age como se fosse homem. A Bíblia chega a esse ponto para que o homem compreenda melhor o que Deus lhe quer dizer. Isto também explica muitas dificulda­des e aparentes contradições do texto bíblico.


1)           Disposição dos livros canônicos
  

A estrutura da Bíblia

 A palavra Bíblia (Livro) entrou para as línguas modernas por intermédio do francês, passando primeiro pelo latim biblia, com origem no grego biblos. Originariamente era o nome que se dava à casca de um papiro do século xi a.C. Por volta do século II d.C, os cristãos usavam a palavra para designar seus escritos sagrados.

Os dois testamentos da Bíblia


A Bíblia compõe-se de duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento foi escrito pela comunidade judaica, e por ela preservado um milênio ou mais antes da era de Jesus.
O Novo Testamento foi composto pelos discípulos de Cristo ao longo do século I d.C.
A palavra testamento, que seria mais bem traduzida por "aliança", é tradução de palavras hebraicas e gregas que significam "pacto" ou "acordo" celebrado entre duas partes ("aliança"). Portanto, no caso da Bíblia, temos o contrato antigo, celebrado entre Deus e seu povo, os judeus, e o pacto novo, celebrado entre Deus e os cristãos.
Estudiosos cristãos frisaram a unidade existente entre esses dois testamentos da Bíblia sob o aspecto da Pessoa de Jesus Cristo, que declarou ser o tema unificador da Bíblia.[1] Agostinho dizia que o Novo Testamento acha-se velado no Antigo Testamento, e o Antigo, revelado no Novo. Outros autores disseram o mesmo em outras palavras: "O Novo Testamento está no Antigo Testamento ocultado, e o Antigo, no Novo revelado". Assim, Cristo se esconde no Antigo Testamento e é desvendado no Novo. Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa, ao passo que os crentes de nossos dias vêem em Cristo a concretização dos planos de Deus.

Seções da Bíblia

            A Bíblia divide-se comumente em oito seções, quatro do Antigo testamento e quatro do Novo.
Livros do Antigo Testamento
A lei (Pentateuco) – 5 lvros
Poesia – 5 livros
1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio
1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. O Cântico dos Cânticos
Historia – 12 livros
Profetas – 17 livros
 1. Josué
 2. Juízes
 3. Rute
 4. 1Samuel
 5. 2Samuel
 6. 1Reis
 7. 2Reis
 8. 1Crônicas
 9. 2Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12. Ester
A. Maiores

1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações
4. Ezequiel
5. Daniel
B. Menores

 1. Oséias
 2. Joel
 3. Amós
 4. Obadias
 5. Jonas
 6. Miquéias
 7. Naum
 8. Habacuque
 9. Sofonias
10. Ageu
11. Zacarias
12. Malaquias

  


Livros do Novo Testamento
Evangelhos
História
1. Mateus
2. Marcos
3. Lucas
4. João
1. Atos dos Apóstolos
Epístolas
 1. Romanos
 2. 1Coríntios
 3. 2Coríntios
 4. Gálatas
 5. Efésios
 6. Filipenses
 7. Colossenses
 8. 1Tessalonicenses
 9. 2Tessalonicenses
10. 1Timóteo
11. 2Timóteo
12. Tito
13. Filemom
14. Hebreus
15. Tiago
16. 1Pedro
17. 2Pedro
18. 1João
19. 2João
20. 3João
21. Judas
Profecia
1. Apocalipse


2)           Como foi Escrita a Bíblia

a)           História

I. OS LIVROS ANTIGOS
A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolos (Jr 36.2). Eram feitos de papiro ou pergaminho. O papiro é uma planta aquática que cresce junto a rios, lagos e banhados, no Oriente Próximo, cuja entre casca servia para escrever. Essa planta existe ainda hoje no Sudão, na Galiléia Superior e no vale de Sarom. As tiras extraídas do papiro eram coladas umas às outras até for­marem um rolo de qualquer extensão. Este material gráfi­co primitivo é mencionado muitas vezes na Bíblia, exem­plos: Êxodo 2.3; Jó 8.11; Isaías 18.2. Em certas versões da Bíblia, o papiro é mencionado como junco; de fato, é um tipo de junco de grandes proporções. De papiro, deriva-se a nossa palavra papel. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C.
Pergaminho é pele de animais, cortida e polida, utiliza­da na escrita. É material gráfico melhor que o papiro. Seu uso é mais recente que o do papiro. Vem dos primórdios da Era Cristã, apesar de já ser conhecido antes. É também mencionado na Bíblia, como em 2 Timóteo 4.13.
Como vimos anteriormente, a Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo. Assim, vemos, que, a princípio, os livros sagrados não estavam unidos uns aos outros como os temos agora em nossas Bíblias. O que tornou isso possível foi a invenção do papel no Século II (a.C), pelos chineses, bem como a do prelo, de tipos móveis, inventada em 1450, pelo alemão Gutemberg. Até então era tudo manuscrito pelos escribas de modo laborioso, lento e oneroso. Quanto a este aspecto da difusão de sua Palavra, Deus tem abençoa­do maravilhosamente, de modo que hoje milhões de exem­plares das Escrituras são impressos com rapidez e facilida­de em muitos pontos do globo. Também, graças aos pro­gressos alcançados no campo das invenções e da tecnolo­gia, podemos hoje transportar com toda comodidade um exemplar da Bíblia, coisa impossível nos tempos primiti­vos. Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais, os rolos sa­grados das Escrituras hebraicas continuam em uso nas si­nagogas judaicas.


  3)    Inspiração

Uma definição de inspiração


Embora a palavra inspiração seja usada apenas uma vez no Novo Testamento (2Tm 3.16) e outra no Antigo (Jó 32.8), o processo pelo qual Deus transmite sua mensagem autorizada ao homem é apresentado de muitas maneiras. Um exame das duas grandes passagens a respeito da inspiração encontradas no Novo Testamento, poderá ajudar-nos a entender o que significa a inspiração bíblica.

Descrição bíblica de Inspiração


Assim escreveu Paulo a Timóteo: "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça" (2Tm 3.16). Em outras palavras, o texto sagrado do Antigo Testamento foi "soprado por Deus" (gr., theopneustos) e, por isso, dotado da autoridade divina para o pensamento e para a vida do crente. A passagem correlata de 1Coríntios 2.13 realça a mesma verdade. Disto também falamos", escreveu Paulo, "não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais." Quaisquer palavras ensinadas pelo Espírito Santo são palavras divinamente inspiradas.
A segunda grande passagem do Novo Testamento a respeito da inspiração da Bíblia está em 2Pedro 1.21. "Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo." Em outras palavras, os profetas eram homens cujas mensagens não se originaram de seus próprios impulsos, mas foram "sopradas pelo Espírito". Pela revelação, Deus falou aos profetas de muitas maneiras (Hb 1.1): mediante anjos, visões, sonhos, vozes e milagres. Inspiração é a forma pela qual Deus falou aos homens mediante os profetas. Mais um sinal de que as palavras dos profetas não partiam deles próprios, mas de Deus é o fato de eles sondarem seus próprios escritos a fim de verificar "qual o tempo ou qual a ocasião que o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e sobre as glorias que os seguiriam" (l Pe 1.11).
Fazendo uma combinação das passagens que ensinam sobre a inspiração divina, descobrimos que a Bíblia é inspirada no seguinte sentido: homens movidos pelo Espírito, escreveram palavras sopradas por Deus, as quais são a fonte de autoridade para a fé e para a prática cristã. Vamos a seguir analisar com mais cuidado esses três elementos da inspiração.

Definição teológica de inspiração


Na única vez em que o Novo Testamento usa a palavra inspiração, ela se aplica aos escritos, não aos escritores. A Bíblia é que é inspirada, e não seus autores humanos. O adequado, então, é dizer que: o produto é inspirado os produtores não. Os autores indubitavelmente escreveram e falaram sobre muitas coisas, como, por exemplo, quando se referiram a assuntos mundanos, pertinentes a esta vida, os quais não foram divinamente inspirados. Todavia, visto que o Espírito Santo, conforme ensina Pedro tomou posse dos homens que produziram os escritos inspirados, podemos, por extensão, referir-nos à inspiração em sentido mais amplo. Tal sentido mais amplo inclui o processo total por que alguns homens, movidos pelo Espírito Santo, enunciaram e escreveram palavras emanadas da boca do Senhor; e, por isso mesmo, palavras dotadas da autoridade divina. É um processo total de inspiração que contém os três elementos essenciais: a causalidade divina, a mediação profética e a autoridade escrita.
Causalidade divina. Deus é a Fonte Primordial da inspiração da Bíblia. O elemento divino estimulou o elemento humano. Primeiro Deus falou aos profetas e, em seguida, aos homens, mediante esses profetas. Deus revelou-lhes certas verdades da fé, e esses homens de Deus as registraram. O primeiro fator fundamental da doutrina da inspiração bíblica, e o mais importante, é que Deus é a fonte principal e a causa primeira da verdade bíblica. No entanto, não é esse o único fator.
 
Mediação profética. Os profetas que escreveram as Escrituras não eram autômatos. Eram algo mais que meros secretários preparados para anotar o que se lhes ditava. Escreveram segundo a intenção total do coração, segundo a consciência que os movia no exercício normal de sua tarefa, com seus estilos literários e seus vocabulários individuais. As personalidades dos profetas não foram violentadas por uma intrusão sobrenatural. A Bíblia que eles produziram é a Palavra de Deus, mas também é a palavra do homem. Deus usou personalidades humanas para comunicar proposições divinas. Os profetas foram a causa imediata dos textos escritos, mas Deus foi a causa principal.

Autoridade escrita. O produto final da autoridade divina em operação por meio dos profetas, como intermediários de Deus, é a autoridade escrita de que se reveste a Bíblia. A Escritura "é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça". A Bíblia é a última palavra no que concerne a assuntos doutrinários e éticos. Todas as controvérsias teológicas e morais devem ser trazidas ao tribunal da Palavra escrita de Deus. As Escrituras receberam sua autoridade do próprio Deus, que falou mediante os profetas. No entanto, são os escritos proféticos e não os escritores desses textos sagrados que possuem e retêm a resultante autoridade divina. Todos os profetas morreram; os escritos proféticos prosseguem.
Então, concluímos que: a definição adequada de inspiração precisa ter três fatores fundamentais: Deus, o Causador original, os homens de Deus, que serviram de instrumentos, e a autoridade escrita, ou Sagradas Escrituras, que são o produto final.

Algumas distinções importantes


As várias teorias a respeito da inspiração


Ao longo da história, as teorias a respeito da inspiração da Bíblia têm variado segundo as características essenciais de três movimentos teológicos: a ortodoxia, o modernismo (liberal)  e a neo-ortodoxia. Ainda que essas três perspectivas não se limitem a um único período, suas manifestações primordiais são características de três períodos sucessivos na história da igreja.
Na maior parte dessa história, prevaleceu a visão ortodoxa, a saber: a Bíblia é a Palavra de Deus. Com o surgimento do modernismo, muitas pessoas vieram a crer que a Bíblia meramente contém a Palavra de Deus. Mais recentemente, sob a influência do existencialismo contemporâneo, os teólogos neo-ortodoxos têm ensinado que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus quando a pessoa tem um encontro pessoal com Deus em suas páginas.


4)    Cânon e Canonicidade

Segundo Dicionário Bíblico Geraldo Matos, CPAD:

Cânon – do hb. Kannesh, vara de medir; Gr. Kanón (Ez 40:3) – Significa padrão, regra de procedimento, ritério, norma.  Cânon sagrado: Coleção de livros reconhecidos pela Igreja Cristã como singularmente inspirados por Deus.

Canonicidade -  processo pelo qual um escrito se verifica se um escrito é canônico ou não.

O Conceito ou teoria de canonicidade envolve a idéia fundamental de que:
1)    Uma deidade comunicou de alguma forma uma mensagem ao homem ;
2)    O homem registra acuradamente;
3)    Esta mensagem é reconhecida pela comunidade como divinamente inspirada e recebida como uma fé infalível que une prática e autoridade;
4)    É preservada para futuras gerações porque Deus falou e o homem  escreveu.



Antigo Testamento I  

A TORÁ  - PENTATEUCO – A LEI

INTRODUÇÃO

            O Antigo Testamento, ou Antiga Aliança, é o compêndio literário divino que relata a base que anuncia desde a criação do mundo e da humanidade até as profecias que apontam para a vinda do Messias.
            O A.T., é a sombra do N.T., ou seja, a Nova Aliança é respaldada pela Antiga Aliança, onde serve como base para o entendimento dos ensinamentos de Cristo, porém, algumas das doutrinas veterotestamentária, não se aplicam na Nova Aliança, porque Cristo as recodificou, ou não foram mais citadas no N.T, o que é verificado quando se compara o A.T. com o N.T.
           


5)           TORÁ – a Lei:

Principais acontecimentos:

3.1) GÊNESIS – Livro dos Começos – 50 Capítulos

Acontecimentos
Referência
Acontecimentos
Referência
- Criação;
Gn 1
- Abrão (Abraão)
Gn 12
- Queda do homem;

Gn 3
- Isaque

Gn 21
- Desenvolvimento da Humanidade: Decedência de ADÃO
    - Caim e Abel

Gn 4 e 5
- Jacó (Israel)

Gn 25:19 Gn 35
- Noé e o Dilúvio –
   - 1ª. ALIANÇA
Gn 7 a 9
- José do Egito

Gn 37
- Origem dos povos:
   - Torre de BABEL
Gn 11
- A morte de José
Gn 50





Bibliografia

Vasholz, I. Robert – O Cânon do Antigo Testamento na Igreja do Antigo Testamento. Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper – 2007.

Groningen, Gerard Van, - Da Criação à Consumação Volume 1.

Geisler e Nix, Norman L. e William e.  – Introdução Bíblica. Como a Bíblia chegou até nós. Editora Vida. 1997.

Gilberto, Antônio – A Bíblia através do Séculos. CPAD. 2004.





[1] V. Christ, the theme of the Bible, de Norman Geisler (Chicago, Moody Press, 1968).